O Itinerário Principal 6 (IP6) está com fendas significativas no pavimento e desde há nove meses com uma faixa de rodagem fechada ao trânsito entre Óbidos e Peniche, alertaram esta quinta-feira deputados socialistas, que exigem obras urgentes.
Em declarações à Lusa, os deputados do PS eleitos por Leiria, António Sales, José Miguel Medeiros e Margarida Marques, disseram estar “preocupados” com o problema e alertaram para a “urgência” das obras no IP6, “atendendo a que se aproxima a próxima época balnear, circunstância que provocará um maior afluxo na via rodoviária”. Os deputados perguntaram ao Governo “para quando estão previstas as obras de melhoramento”, depois de o terem já feito em julho de 2017. Na altura, foram informados pelo ministro do Planeamento e das Infraestruturas de que “estava a ser preparado o lançamento de um concurso para o desenvolvimento do projeto de execução, com base numa análise rigorosa da situação e uma solução técnica que permita resolver o problema de forma definitiva”, contudo, as obras ainda não começaram. Desde há nove meses, mantém-se fechado ao trânsito um troço da faixa de rodagem no sentido Óbidos-Peniche, com a circulação em ambos os sentidos a fazer-se pela faixa de rodagem contrária e com condicionamento de velocidade. As medidas foram implementadas na sequência de um acidente ocorrido em meados de junho de 2017, em que o despiste de um veículo foi causado pela existência de fendas que atingem uma altura de 60 centímetros e uma largura de 20 centímetros. Questionada pela Lusa, a Infraestruturas de Portugal acabou por anunciar que deverá lançar em abril o concurso para obras no IP6. Segundo a entidade estatal, “estão a ser cumpridos os procedimentos legais relativos ao Código da Contratação Pública, de modo a que seja possível proceder ao lançamento do concurso público para a execução da empreitada, que deverá ser publicado já no próximo mês". As obras vão custar 3,5 milhões de euros e vão decorrer durante 210 dias. A Semana Santa de Óbidos, um dos maiores eventos religiosos da vila, decorre até 1 de abril. Todos os anos, as cerimónias religiosas e culturais atraem milhares de pessoas nesta época do ano à vila de Óbidos. Recorde-se que estas cerimónias são das mais antigas do País, tendo a procissão dos Passos mais de 400 anos de existência.
A Semana Santa é, por isso, o ponto alto do calendário litúrgico e cultural de Óbidos, sendo um acontecimento religioso importante para a comunidade local, assim como para os vários milhares de peregrinos e turistas que assistem às imponentes cerimónias. À semelhança de outros anos, terá diversos concertos de música clássica, essencialmente de teor religioso, entre outras atividades culturais. Na noite desta sexta-feira, na Igreja de São Pedro, pelas 21 horas, haverá uma palestra, com o Padre Jorge Ferreira, sob o mote “Espiritualidade da Semana Santa”. No Domingo de Ramos, dia 25, num ambiente de oliveira, alecrim, rosmaninho e verdura pelo chão, tem lugar a majestosa Procissão do Senhor Jesus dos Passos, que percorre algumas ruas tortuosas, fora e dentro das muralhas de Óbidos, parando junto de pequenos evocativos aos Passos da Paixão, culminando na Igreja da Misericórdia, onde se encontra armado um Calvário, representando a Montanha de Palestina, nas proximidades de Jerusalém onde Jesus sofreu a crucificação. Este cortejo é aberto por uma figura tradicional, o “Gafaú”, que caminha descalça, com a cabeça envolvida por um pano e transporta um instrumento musical, conhecido por “serpentão”. Esta figura representa o carrasco, que caminha à frente da procissão que acompanha o condenado anunciando à multidão que a aproximação do mesmo está para muito breve. Na sexta-feira Santa, a comovente Procissão do Enterro do Senhor é realizada sem qualquer iluminação, a não ser os archotes que ardem nas mãos de jovens que se colocam em pontos-chave do percurso processional. Esta cerimónia não estando determinada pelas rubricas do Missal Romano, estabeleceu-se em Portugal pela devoção dos fiéis no século XV e princípios do século XVI. Como manifestação cultural, é considerada o ponto alto das solenidades. O grupo de teatro penichense “O Nazareno”, da Paróquia de Peniche, volta a exibir a peça com o mesmo nome, na noite deste sábado, na Igreja de São Pedro.
O teatro musical da autoria de Frei Hermano da Câmara faz parte da tradição pascal da paróquia, sendo que o grupo de teatro se vai renovando através das gerações sempre com elementos novos a cada ano. O início está marcado para as 21h30 sendo que as entradas são livres. A noite deste sábado promete trazer gargalhadas, música e alegria à Associação de Educação Física Cultural e Recreativa Penichense.
Numa produção de Antero Anastácio, que integra também o elenco, sobe ao palco a Revista “Peniche a Sorrir”. Do elenco fazem parte ainda Cristina Luz, Rosinda Agostini, Fátima Fonseca, João Alemão, Zezinha e Carla Fonseca. O espetáculo tem início agendado para as 21h30 e os ingressos podem ser adquiridos na sede da Associação. Num debate sobre o Estudo de Impacte Ambiental do projeto de modernização da linha do Oeste, que decorreu na passada segunda-feira em Torres Vedras, as maiores preocupações do público tiveram a ver com a preservação do património ferroviário e com as passagens de nível.
O debate foi organizado pelo executivo camarário torreense, mas sem a presença de representantes da Infraestruturas de Portugal - IP. O receio de que as obras de eletrificação e modernização desta via férrea destruam parte do património edificado é justificado tendo em conta o histórico da Refer (hoje IP) nesta matéria, que tem demonstrado uma grande insensibilidade na hora de colocar postes e catenária, altear plataformas e construir edifícios técnicos. As velhas estações, cais de mercadorias, depósitos de água e pequenos edifícios de apoio, são por vezes destruídos, descaracterizados ou desfigurados por abordagens demasiado funcionais que não têm em conta o património e a sua arquitetura e azulejaria. No caso da linha do Oeste, por ser uma das últimas do país a ter um projeto de modernização, as suas estações conservam ainda características quase seculares e são por vezes procuradas para nelas se realizarem produções cinematográficas dado o seu estado de pureza original. No seu conjunto constituem uma rota com elevado valor histórico-patrimonial. Outra das preocupações – manifestada sobretudo por presidentes de juntas de freguesia atravessadas pela via férrea – tem a ver com a manutenção de algumas passagens de nível que, apesar de virem a ser automatizadas, os autarcas de base receiam que venham a constituir um perigo. Mas, por outro lado, os viadutos previstos para substituir algumas das passagens de nível que vão ser suprimidas, são considerados excessivos, com impacto visual negativo e com acessos que poderão criar problemas no trânsito. É o caso, disseram, das passagens desniveladas a construir em Runa, Dois Portos e Outeiro da Cabeça. A linha do Oeste tem um projeto de modernização, no valor de 107 milhões de euros, para ser eletrificada entre Meleças e Caldas da Rainha. O documento em estudo diz que o tempo de percurso em comboio entre Torres e Lisboa deverá reduzir-se dos atuais 100 minutos para 50 minutos. No entanto, é possível que após a modernização, que contempla também a duplicação de 10 quilómetros entre Meleças e Pedra Furada e de seis quilómetros entre Malveira e Sapataria, o tempo de viagem seja ainda mais curto porque a IP fez as simulações com base nas especificações de comboios elétricos antigos e não com as composições atuais, com performance mais elevada. Mais de 375 incêndios deflagraram em três dias em oito distritos do Centro e do Norte do país, devastadores sobretudo na Guarda e em Viseu, indicou o relatório da comissão técnica independente que analisou os fogos de outubro de 2017.
Os distritos afetados foram Aveiro, Braga, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria, Viseu e Viana do Castelo. De acordo com o relatório, em cada distrito deflagraram centenas de ocorrências, mas são destacadas três dezenas como as mais significativas, tendo em conta critérios como as mortes, a dimensão do incêndio, a existência de população, zonas industriais e matas. O relatório destaca que os meios disponíveis foram insuficientes para fazer face à escala dos incêndios e que o domínio de grande parte deles coincidiu com as primeiras chuvas, já na noite de dia 16 para dia 17. O distrito de Leiria registou 25 incêndios florestais no dia 15 de outubro e a principal ocorrência foi a de Buronhosa, Pataias, no concelho de Alcobaça, tendo percorrido maioritariamente áreas pertencentes às matas nacionais, "onde se estima que mais de 80% do total daquelas matas tenham sido percorridas pelo fogo". São ainda referidos o incêndio da Foz do Arelho, Caldas da Rainha e o de Olho Marinho, Óbidos. A comissão técnica independente que analisou os grandes incêndios rurais de 2017 entregou na terça-feira no parlamento o relatório dos fogos de outubro, envolvendo oito distritos das regiões Centro e Norte. O documento, que atualiza para 48 o número de mortos nesse mês, conclui que falhou a capacidade de "previsão e programação" para "minimizar a extensão" do fogo na região Centro (onde ocorreram as mortes), perante as previsões meteorológicas de temperaturas elevadas e vento. O escritor António de Andrade Albuquerque, de 88 anos, conhecido pelo pseudónimo Dick Haskins, morreu na madrugada desta quarta-feira, no Hospital S. Francisco Xavier, vítima de infeção respiratória.
O corpo do escritor foi levado para a igreja de S. Bernardino, localidade do concelho de Peniche onde residia atualmente, de onde saiu esta quinta-feira para ser cremado, em local não determinado. António de Andrade Albuquerque, autor de romances policiais sob o pseudónimo Dick Haskins, nasceu a 11 de setembro de 1929, em Lisboa. O autor foi traduzido em mais de 30 países, desde o final da década de 1950, sendo identificado como um dos "mais internacionais dos escritores portugueses". Escreveu o primeiro livro aos 25 anos - "O sono da morte" -, que chegaria às livrarias em 1958, quando o escritor abandonou o curso de Medicina. Ao todo, Dick Haskins publicou 24 livros, o último dos quais o romance "A metáfora do medo", em 2016. A maioria dos seus livros foi publicada pela coleção Enigma, da Ática, mas chegaram igualmente às coleções policiais Vampiro e XIS, além da Dêagá, editora que fundou em 1964 e que manteve até 1975. Nesta editora, publicou cinco coleções mensais de policiais, espionagem, ficção científica, romance e história. A partir de 1961, a sua obra começou a ser traduzida, tendo chegado a mais de 30 países, com destaque para a Alemanha, onde chegou a estar entre os autores policiais preferidos. "O Caso Barbot" foi adaptado ao cinema com o título "Fim de semana com a morte", em 1966, numa coprodução luso-franco-alemã, que contou com interpretações de Peter van Eyck e Leticia Roman, além de António Vilar. Na década de 1970, a televisão pública alemã e a RTP coproduziram uma série filmada de 12 episódios, sobre as aventuras de Dick Haskins, escrita pelo autor, com música de Luís Pedro Fonseca. António de Andrade Albuquerque vivia na praia de São Bernardino, em Peniche, para onde se mudara no início da década de 1980, por se sentir "atolado" em Lisboa. Numa entrevista ao Diário de Notícias, em 2016, pouco antes da publicação de "A metáfora do medo", António de Andrade Albuquerque disse esperar que os seus livros lhe sobrevivam, "que fiquem na história" dizendo “que o que conta é o que está feito, que, bom ou mau, foi escrito com honestidade". A Óbidos.com ofereceu ao Agrupamento de Escolas Josefa de Óbidos e ao programa municipal “Melhor Idade” 200 árvores, as quais serão plantadas no decorrer das próximas semanas. A iniciativa começou numa ação que decorreu no passado dia 21 de março, Dia Mundial da Árvore.
Nesse dia, diversos alunos dos Complexos Escolares do Alvito, Arcos e Furadouro, da Escola Josefa de Óbidos e utentes do programa municipal “Melhor Idade” plantaram árvores nos espaços das escolas e dos Centros de Convívio. Sob o mote “Preservar, Sensibilizar e Viver Melhor”, a plantação destas árvores surge como forma de sensibilizar todos para a importância da floresta. O Dia Mundial da Árvore ou da Floresta, celebrado anualmente, fica normalmente marcado por várias ações de arborização e reflorestação, em diversos locais do mundo. O objetivo da comemoração do Dia Mundial da Árvore é sensibilizar a população para a importância da preservação das árvores, quer ao nível do equilíbrio ambiental e ecológico, como da própria qualidade de vida dos cidadãos. O Centro Interpretativo de Atouguia da Baleia (CIAB) está a celebrar o seu 6º aniversário. Neste âmbito, a Igreja de São José irá acolher a Exposição “aFÉ[tos]”, com fotografias de Carlos Inácio e Pedro Inácio, de 24 de março a 19 de maio de 2018. A inauguração, este sábado pelas 17h, contará com um breve concerto do Coral Stella Maris de Peniche, sob a direção do Maestro João Sebastião.
A exposição, que integra cerca de 30 imagens, pretende retratar em diferentes países a fé, através de atos de Arte Sacra. Os dois fotógrafos captaram imagens em diferentes países, algumas delas de motivos aparentemente vulgares, transformando-as, “através da justeza e sensibilidade do seu olhar, num percurso de beleza, em momentos de saudável interrogação, numa provocação positiva para um melhor entendimento do mundo”. Esta iniciativa é o culminar de um programa cultural, que incluiu, para além desta exposição, um colóquio e um missa. Os três feridos resultantes da explosão num prédio no passado domingo, em Peniche, não inspiram cuidados, tendo dois deles tido alta hospitalar, segundo apurou a agência Lusa junto de fontes hospitalares. O homem, de 27 anos, que foi transportado de helicóptero para o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra em estado grave com queimaduras no rosto, não corre perigo de vida, nem inspira cuidados, encontrando-se internado no serviço de cirurgia plástica.
As duas mulheres, de 76 e 46 anos, uma das quais em estado grave por ter queimaduras no rosto, já tiveram alta, depois de serem atendidas respetivamente nas urgências de Peniche e de Caldas da Rainha do Centro Hospitalar do Oeste. A explosão ocorreu no rés-do-chão de um prédio de dois andares, na zona velha de Peniche, pelas 13h30 do passado domingo, após acumulação de gás no interior da casa, na cozinha, tendo provocado queimaduras nos dois moradores do rés-do-chão e atingiu também outra moradora do primeiro andar do edifício. No local, estiveram nove veículos e 24 operacionais dos bombeiros de Peniche, Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e Polícia de Segurança Pública (PSP). |
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Março 2024
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