Mais de 375 incêndios deflagraram em três dias em oito distritos do Centro e do Norte do país, devastadores sobretudo na Guarda e em Viseu, indicou o relatório da comissão técnica independente que analisou os fogos de outubro de 2017.
Os distritos afetados foram Aveiro, Braga, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria, Viseu e Viana do Castelo. De acordo com o relatório, em cada distrito deflagraram centenas de ocorrências, mas são destacadas três dezenas como as mais significativas, tendo em conta critérios como as mortes, a dimensão do incêndio, a existência de população, zonas industriais e matas. O relatório destaca que os meios disponíveis foram insuficientes para fazer face à escala dos incêndios e que o domínio de grande parte deles coincidiu com as primeiras chuvas, já na noite de dia 16 para dia 17. O distrito de Leiria registou 25 incêndios florestais no dia 15 de outubro e a principal ocorrência foi a de Buronhosa, Pataias, no concelho de Alcobaça, tendo percorrido maioritariamente áreas pertencentes às matas nacionais, "onde se estima que mais de 80% do total daquelas matas tenham sido percorridas pelo fogo". São ainda referidos o incêndio da Foz do Arelho, Caldas da Rainha e o de Olho Marinho, Óbidos. A comissão técnica independente que analisou os grandes incêndios rurais de 2017 entregou na terça-feira no parlamento o relatório dos fogos de outubro, envolvendo oito distritos das regiões Centro e Norte. O documento, que atualiza para 48 o número de mortos nesse mês, conclui que falhou a capacidade de "previsão e programação" para "minimizar a extensão" do fogo na região Centro (onde ocorreram as mortes), perante as previsões meteorológicas de temperaturas elevadas e vento. |
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Março 2024
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