Através do seu perfil de Facebook, Rogério Cação, vereador da CDU na Câmara Municipal de Peniche, escreveu uma publicação em jeito de resposta ao artigo de Francisco José Viegas na revista Domingo, do Correio da Manhã, referente ao assassinato de Valentina Fonseca, artigo já contestado por diferentes figuras locais.
O vereador confessou que "às vezes" anda "tão distraído que há coisas que outros consideram relevantes" que lhe "passam ao lado", acrescentando que, "por vezes, a distração é mesmo intencional" para evitar aborrecimentos. Mas constatando o "alarido" acabou por "ir à fonte, e reler o artigo de Francisco José Viegas para sentir o peso da indignação". O representante da CDU na câmara revela que leu "um escrito pretensamente literário, a dar para o pindérico, onde um autor", que considerava "criterioso, se deixa levar pela lógica do jornal que lhe pagou a viagem e a escrita". "Sobre Peniche", acrescenta, o que o "indignou no texto não foi tanto o que ele diz, mas o que ele não diz". "Não é difícil aceitar", segundo Rogério Cação, que existem em Peniche "todos os males que ele refere, como também os haverá no Pocinho, a terra onde nasceu, ou no Porto", cidade que parece merecer carinho do autor do texto. O que realmente indignou o vereador local é que, "ao não referir o que de bom tem" Peniche, "fez um retrato inconsequente, desfocado e mentiroso" daquilo que é a sua população. Para Rogério Cação, "descrever a juventude de Peniche como resultado de uma adolescência tardia, mais interessada na jogatana e na droga que no resto" é, "no mínimo, imbecil". "Aquilo que fica provado" para o membro da CDU, é que o autor "não conhece" a terra e a sua gente, pois acredita que, "a não ser assim, é mal-intencionado", o que "sinceramente" diz não querer acreditar. "O resto", conclui, "é para pôr à borda do prato" apontando que "não será este texto infeliz que lhe retira o mérito de outros textos que escreveu" mas aconselhando o autor a que, quando falar sobre Peniche, use de "mais rigor" e, sobretudo, "mais respeito por um território e uma gente, que não merece ser tratada desta maneira". Rogério Cação conclui ainda que "assim que puder", vai "dizer-lho pessoalmente". |
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Março 2024
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