Preços como o do pão deverão voltar a subir em 2023, em função do aumento dos custos das matérias-primas e da energia, mas também impactados pela atualização do salário mínimo nacional.
O caso do pão está previsto pela direção da Associação do Comércio e da Indústria da Panificação (ACIP), de acordo com a qual apenas uma parte dos aumentos tem sido refletida no preço pago pelo consumidor, estando o restante a ser suportado pelos produtores que, por sua vez, registam uma quebra nas margens de lucro. A associação acrescenta que este aumento se deve ao facto de Portugal estar "altamente dependente dos mercados externos para garantir o abastecimento dos cereais necessários ao consumo interno". Também nas portagens o aumento se faz sentir em 4,9% a partir de janeiro, conforme anunciou o ministro das Infraestruturas, no final do Conselho de Ministros de 22 de dezembro, considerando "equilibrada" a solução a que foi possível chegar", tendo estado em cima da mesa aumentos "de 9,5% e 10,5%", disse o ministro Pedro Nuno Santos. Acima do valor acordado, 2,8% serão responsabilidade do Estado e o remanescente, até 9,5% ou 10,5%, "será suportado pelas concessionárias", o que equivale a cerca de 140 milhões de euros de despesa do Estado para limitar o aumento das portagens para os utilizadores. Quanto ao gás natural, a fatura vai aumentar, a partir de janeiro, cerca de 3% para os clientes mais representativos do mercado regulado, depois de um desvio nas previsões dos preços de aquisição, adiantou a ERSE. "Esta atualização ocorre num momento em que os mercados de energia são particularmente afetados pelo conflito que decorre entre a Ucrânia e a Rússia", sendo que "a tarifa de energia reflete o custo de aquisição de energia do Comercializador de Último Recurso grossista" [CURg], sendo uma das componentes "que integra o preço final pago pelos consumidores no mercado regulado". "Para a maioria dos clientes domésticos do mercado regulado", a atualização representa, segundo a ERSE, "um aumento de aproximadamente 3% na fatura média mensal de gás natural". Na eletricidade em mercado regulado o preço aumenta 1,6% em janeiro de 2023, sendo que a subida ascenderá a 3,3% face à média de 2022. "Para os clientes que permaneçam no mercado regulado", que representam 6,7% do consumo, num total de 941 mil clientes, ou que, "estando no mercado livre, tenham optado por tarifa equiparada, a variação média anual das tarifas transitórias de Venda a Clientes Finais em Baixa Tensão Normal é de 3,3%". |
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Março 2024
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