O Movimento Precários do Centro Hospitalar do Oeste (CHO) apresentou junto dos grupos parlamentares do PS , PSD, PCP, Bloco de Esquerda e Verdes uma petição com vista à sua integração nos quadros daquele centro hospitalar. A petição exige a integração direta de todos os trabalhadores precários dos hospitais de Torres Vedras, Caldas da Rainha e Peniche. Os 180 trabalhadores afirmam que estão em regime de falso outsourcing e exercem funções permanentes e essenciais em diversos serviços destes hospitais: urgência, medicina, ortopedia, maternidade, cirurgia, pneumologia, entre outros. Segundo os mesmos, a “precariedade em que se encontram impede a criação de equipas de trabalho funcionais e prejudica gravemente a qualidade dos serviços prestados aos utentes, além de prejudicar as suas vidas pessoais”. Confirmam ainda trabalhar por turnos, lado a lado com colegas dos quadros, com quem partilham chefias e responsabilidades, auferindo maioritariamente salários mínimos, trabalhando mais horas e usufruindo de menos direitos que os trabalhadores dos quadros, muitos deles nesta situação há mais de 10 anos. Revelam ainda que com a empresa de outsourcing que medeia a relação de trabalho apenas trocam recibos de salário, sem receber instruções nem qualquer tipo de formação para o desempenho das funções no hospital, considerando por isso a situação injusta, exigindo assim a integração nos quadros.
Em resposta às perguntas apresentadas, os representantes do PS, remeteram a resolução do caso para a ação da ACT e reafirmaram a sugestão do Primeiro Ministro, António Costa, de que a irregularidade se dá ao nível da empresa de outsourcing. Da parte do PSD, foi nítida a manifestação de preocupação com à relação laboral, considerando que o caso é grave e que o Governo tem de dar resposta, sem no entanto apresentar soluções concretas, prometendo apenas estudar o caso. Para os Verdes, PCP e Bloco de Esquerda, parece não haver dúvida: o Centro Hospitalar do Oeste deve contratar os seus trabalhadores e não promover o recurso ao outsourcing, sendo que este último grupo afirmou a necessidade do processo de regularização dos precários do Estado incluir os estes trabalhadores, prometendo continuar a lutar por essa ideia nas negociações com o Governo. |
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Março 2024
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