Cerca de 25 organizações da pesca da sardinha espanholas e portuguesas reuniram-se esta terça-feira, dia 19 de março, em Peniche, num encontro inédito, para discutir problemas do setor, entre os quais a eventual redução das capturas para 2019.
Dos dois lados da fronteira, o setor alerta que "não é possível continuar a pescar menos e sobreviver" e esta é uma das razões do encontro conforme adiantou Humberto Jorge, presidente da Associação das Organizações de Produtores da Pesca (ANOP) do Cerco, anfitriã do encontro. O setor não está disposto a aceitar que as possibilidades de pesca para 2019, que ainda não foram definidas pelos governos dos dois países, sejam inferiores às de 2018, tendo em conta que os relatórios dos navios científicos para observar o estado do recurso demonstram que há melhoria nos 'stocks' de sardinha. Segundo os responsáveis, é urgente, porque o recurso o demonstra, "pescar um pouco mais para repor" os rendimentos e "diminuir os sacrifícios" que o setor tem vindo a fazer nos últimos cinco anos de crise, com reduções da quota anual de capturas de sardinha para os dois países. A ANOP Cerco avançou que vão estar representadas cerca de 15 organizações espanholas, associadas da Organização de Produtores de Pesca e da Associação de Armadores do Cerco da Comunidade Autónoma da Galiza e da Federação Andaluza de Confrarias de Pescadores. Do lado de Portugal, vão estar presentes dez organizações, oito das quais são associadas da ANOP Cerco. Desde setembro de 2018 que os pescadores de Portugal e Espanha estão sem poder pescar sardinha, situação que se vai prolongar até maio. |
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Março 2024
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