O novo hospital do Oeste deverá ser construído na Quinta do Falcão, no Bombarral, num prazo estimado de cinco anos. Esta foi a decisão do Ministério da Saúde, anunciada pelo titular da pasta, o ministro Manuel Pizarro, esta terça-feira, dia 27, de acordo com a agência Lusa.
O governante disse não duvidar "que a população do Oeste merece um hospital muito mais diferenciado e de muito maior dimensão", nas Caldas da Rainha, onde, reunido com os municípios do Oeste, anunciou a escolha da Quinta do Falcão, no Bombarral, como a melhor localização para a nova unidade hospitalar. O ministro da Saúde acrescentou que isto "só é possível transformando o atual centro hospitalar, com várias unidades dispersas em várias cidades, num único edifício que tenha um certa centralidade e que permita essa concentração" de serviços que permite, dessa forma, a "diferenciação técnica do hospital”. A decisão, comunicada aos municípios que formam a Comunidade Intermunicipal do Oeste "não é unânime", mas é aquela que o Ministério considerou a ideal dada a localização "no centro geográfico da região", valorizando a "acessibilidade rodoviária, a dois minutos da A8 e a menos de quatro minutos de uma estação de caminho-de-ferro". Segundo o ministro, irá ser estudado o modelo de financiamento, podendo ser baseado num "sistema de parceria público-privada para a construção e manutenção futura do hospital", ou, em alternativa, num "sistema de financiamento baseado no Orçamento do Estado". A previsão é de que esse estudo esteja concluído até Outubro, após o qual será anunciado o lançamento do concurso para o projeto, de acordo com "o sistema de financiamento economicamente mais vantajoso". O novo hospital deverá "ter cerca de 480 camas" e "praticamente todas as especialidades médicas em adição a todas que já existem" nos três hospitais do atual Centro Hospitalar do Oeste (CHO), nas Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche. Foi dada a garantia, pelo ministro, de "investir, desde já, na melhoria das condições das unidades das Caldas da Rainha e de Torres Vedras", bem como de constituir um grupo de trabalho, com a colaboração dos municípios, para definir a utilização futura dos atuais hospitais do CHO. A ideia do Governo é que aquelas unidades tenham "serviços de proximidade, meios complementares de diagnóstico e terapêutica, medicina física e de reabilitação", bem como novas repostas ao nível dos cuidados continuados. A decisão anunciada na passada terça-feira estava prevista para março, mas foi adiada até agora, devido a um parecer entregue pelas câmaras municipais das Caldas da Rainha e de Óbidos para reavaliar e considerar as Caldas da Rainha como o local ideal para o Novo Hospital do Oeste, o que não se veio a confirmar. |
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Março 2024
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