Depois de seis reuniões, o grupo consultivo constituído para estudar o futuro da Fortaleza de Peniche, onde se pretendia construir um hotel, afasta de vez essa hipótese que valeu críticas por parte do Partido Comunista Português e da União de Resistentes Antifascistas Portugueses.
A conclusão apresentada aponta no sentido da criação de uma programa de interpretação da Fortaleza de Peniche, criação de um programa museológico que evoque as condições de funcionamento como prisão política do regime fascista entre 1934 e 1974, incluindo as respetivas fugas, sem esquecer as diferentes utilizações que se lhe sucederam e instalação de um memorial da resistência antifascista, homenageando os nomes dos cerca de 2500 presos políticos que ali estiveram encarcerados. Segundo o Ministro da Cultura, Luis Castro Mendes, estes são os grandes destaques. O documento, dividido em 8 pontos, prevê ainda a criação de um programa museológico aberto à cultura e à ciência, atividades regulares de natureza cultural e científica, criação de auditório, biblioteca e centro de documentação, iniciativas de promoção turística, referentes à Fortaleza, à cidade e à região e ainda criação de um núcleo de atividades e negócios ligados ao Mar. Neste último ponto, o mais desenvolvido no documento, está previsto que o núcleo venha a albergar várias funcionalidades, nomeadamente, uma incubadora de empresas ligada à economia do mar, atraindo startups associadas à indústria do surf e desportos de ondas, pesca, biologia marítima e turismo, áreas de comércio tradicional e atelier de artes e ofícios e espaços para sedes de organismos ligados às indústrias do Mar. |
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Março 2024
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