Baleal Sul e Baleal - Campismo são as duas praias do concelho de Peniche incluídas na lista "ZERO poluição" divulgada pela associação ambientalista ZERO, onde Torres Vedras e Vila do Bispo são os concelhos que lideram a contagem.
No concelho vizinho da Lourinhã, a praia da Peralta também consta da lista. No dia em que abriu a época balnear na maioria das praias do país, a ZERO – Associação Sistema Terrestre Sustentável anunciou as 44 praias "ZERO poluição" em Portugal, o que significa que não foi detetada qualquer contaminação nas análises efetuadas às águas balneares ao longo das três últimas épocas balneares. Este valor representa sete por cento do total das 608 zonas balneares em funcionamento em 2019. O número de zonas balneares "ZERO poluição" é idêntico ao ano passado. Esta análise da Associação ZERO teve em conta os parâmetros da legislação em vigor e concluiu que existem 43 zonas balneares costeiras e uma interior com "ZERO poluição". Os concelhos com maior número de praias são Torres Vedras com 10, Vila do Bispo com 5, Praia da Vitória nos Açores com 4 e Tavira com 3. Apesar de ser extremamente difícil conseguir um registo incólume ao longo de três anos nas zonas balneares interiores, muito mais suscetíveis à poluição microbiológica, há apenas uma água balnear nessa situação: a praia de Montes, na Albufeira de Castelo do Bode em Tomar. A partir de dados solicitados à Agência Portuguesa do Ambiente, a Associação ZERO identificou as praias que, ao longo das três últimas épocas balneares (2016 a 2018), não só tiveram sempre classificação “EXCELENTE” como apresentaram valores zero ou inferiores ao limite de deteção em todas as análises efetuadas aos dois parâmetros microbiológicos controlados e previstos na legislação. A ZERO alertou ainda para três aspetos que considera cruciais neste início de época balnear em muitas praias. O primeiro recomenda que, por razões ambientais e de segurança, só devem ser frequentadas praias classificadas como zonas balneares, onde há vigilância e onde se conhece a qualidade da água. Em segundo, não devem ser deixados quaisquer resíduos na praia e, de preferência, devemos encaminhá-los através da recolha seletiva, visto que mais de 80 por cento dos 12,2 milhões de toneladas de plástico que entram no ambiente marinho em cada ano vêm de fontes terrestres, sendo o maior contribuinte o lixo de plástico, incluindo garrafas de bebidas e outros tipos de embalagens. Por último a associação entende que se deve preservar a paisagem e os ecossistemas envolventes das zonas balneares, evitando o pisoteio de dunas ou outras áreas sensíveis. Os dados utilizados nesta análise foram transmitidos pela APA – Agência Portuguesa do Ambiente, em informação também disponível no seu site, que é responsável pela coordenação destas matérias, designadamente pela classificação das águas balneares e dados de monitorização. |
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Março 2024
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