Foram mais de 1,9 milhões de euros o investimento do CHO - Centro Hospitalar do Oeste no último ano, no reforço de equipamentos para responder à pandemia de covid-19, conforme divulgação da Comissão Cívica de Utentes, num balanço sobre a atividade anual do centro que integra as unidades hospitalares das Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche.
A verba foi aplicada em ventiladores portáteis, ventiladores para cuidados intensivos, monitores multiparâmetros invasivos e não-invasivos, seringas infusoras, bombas infusoras, entre as quais as destinadas a alimentação entérica e aparelhos de raio X portátil. O CHO transmitiu ainda à comissão que, dado não dispor de unidades de cuidados intensivos ou intermédios em nenhum dos três hospitais, "afigurou-se necessário e urgente garantir a capacidade de ventilação e estabilização hemodinâmica dos doentes" enquanto aguardavam transferência para Unidades de Cuidados Intensivos de outras unidades hospitalares do país. Nesse sentido, equipou-se, no último ano, com "20 equipamentos de ventilação, dois dos quais doados" no âmbito de campanhas de solidariedade das autarquias, do tecido empresarial e de particulares que "efetuaram inúmeras doações de equipamentos e bens alimentares, entre outros". No balanço enviado à comissão, o CHO recordou que, no que respeita à resposta à pandemia, o Hospital de Peniche foi mantido como unidade livre de COVID-19, tendo sido criadas ao longo de 2020, nas unidades das Caldas da Rainha e de Torres Vedras, enfermarias específicas para internamento de doentes infetados pelo vírus pandémico, com uma capacidade que atingiu as 142 camas em janeiro de 2021, representando uma taxa de esforço de 58% da totalidade das camas do CHO. No balanço apresentado pela comissão, registaram-se "mais de 2.000 atendimentos" nas duas ADR (Áreas Dedicadas para Doentes Respiratórios) criadas nos hospitais das Caldas da Rainha e de Torres Vedras. No que respeita aos constrangimentos não diretamente ligados com a pandemia, foram destacadas as "dificuldades apontadas pelas corporações de bombeiros das Caldas da Rainha, Bombarral, Lourinhã e Óbidos relativamente ao transporte inter-hospitalar". Esta comissão, com base nas preocupações manifestadas pelas diversas entidades ligadas à saúde, propõe-se agora, em 2021, lutar para resolver estas questões e exigir ao Governo a "criação de uma Unidade de Cuidados Intensivos num dos hospitais do Oeste". |
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Março 2024
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