O Politécnico de Leiria é um dos integrantes do projeto europeu Cure4Aqua, financiado pelo programa New Horizon Europe, que tem como objetivo aumentar a resiliência da aquicultura da União Europeia. O projeto, que recebeu um financiamento de 4,8 milhões de euros e terá a duração de cerca de quatro anos e meio, reunirá investigadores de 16 países com a missão de melhorar a saúde e bem-estar dos animais aquáticos através de novas ferramentas e tecnologias baseadas em inteligência artificial.
De acordo com a professora Teresa Baptista, coordenadora do Cure4Aqua em Portugal e professora da Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar (ESTM) do Politécnico de Leiria, o projeto pretende desenvolver novas abordagens para prevenir doenças em peixes, incluindo a implementação de medidas profiláticas inovadoras e a deteção precoce de doenças. Além disso, o projeto visa desenvolver tratamentos alternativos que substituam os fármacos utilizados no controlo de doenças. Entre as principais ações propostas pelo Cure4Aqua estão o desenvolvimento de vacinas e alternativas biológicas sustentáveis aos antibióticos, a implementação de programas de reprodução para diminuir o stress e as doenças, e a definição de standards elevados de bem-estar dos animais que tenham em conta a fase do ciclo de vida, os sistemas de produção e o conhecimento das necessidades de bem-estar das diferentes espécies produzidas. Além de apoiar a produção ecológica, inclusiva, segura e saudável de animais aquáticos, o Cure4Aqua também visa abordar o controlo dos agentes patogénicos, que continua a ser um grande desafio para o setor da aquicultura. A Europa apresenta uma grande variedade de espécies e sistemas de produção, o que dificulta a implementação de boas práticas de criação adaptadas a cada espécie aquática. O projeto Cure4Aqua decorrerá até abril de 2027 e representa um importante passo para a melhoria da saúde e bem-estar dos animais aquáticos, no seio da indústria aquícola europeia, que são uma importante fonte de proteínas para a alimentação humana e animal, com uma pegada de baixo teor de carbono, essencial para ajudar a construir um sistema alimentar sustentável. |
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Março 2024
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