ESTALEIROS NAVAIS DE PENICHE ACUSAM TRANSTEJO DE ESCOLHER PROPOSTA MAIS CARA E MENOS SEGURA29/12/2020 O concurso para a aquisição de 10 novas embarcações elétricas para a travessia do Tejo, por parte da Transtejo, está a levar os Estaleiros Navais de Peniche (ENP) a questionar o processo de avaliação das propostas.
A empresa de Peniche alega que a solução encontrada sairá mais cara do que a sua proposta e que o sistema de carregamento destes navios apresenta graves riscos para os trabalhadores, manifestando a sua preocupação com eventuais acidentes resultantes do sistema manual de carregamento dos novos navios que a Transtejo pretende encomendar, tendo mesmo avançado com uma ação suspensiva. Esta ação, interposta a 9 de novembro relaciona-se sobretudo com o carregamento manual destes veículos, que recorre a um método altamente propício a acidentes de trabalho, já que envolve o manuseamento de pesados cabos rígidos, isto em situações climatericamente adversas e com uma perigosa proximidade ao rio Tejo. Além disso, uma análise técnica das capacidades de performance dos navios em causa aponta para uma solução escolhida 66% mais dispendiosa do que a que a apresentou a ENP, além de que a proposta aprovada implica a aquisição de baterias mais caras num concurso à parte, que deverá ter o custo de 7,5 milhões de euros. Assim, e face às acusações da Transtejo de uma tentativa por parte da ENP de atrasar o processo e causar prejuízo financeiro ao tentar impor uma solução mais cara, a empresa de Peniche acabou por clarificar a sua posição, apontando à Transtejo uma falta de sustentação técnica nas suas respostas e argumentando que, considerando o custo estimado das baterias, a sua proposta passa a ser 3,6% mais barata do que a escolhida, ao invés dos 8,5% mais caro que a empresa de transporte marítimo do Tejo alega. A ENP pede, portanto, à Transtejo que assuma os erros na avaliação do caderno de encargos, sempre com vista à defesa do erário público. |
NotíciasPeniche e Região Oeste em destaque Arquivos
Março 2024
|