CÂMARA DAS CALDAS DA RAINHA DISCORDA DA DECISÃO SOBRE LOCALIZAÇÃO DO NOVO HOSPITAL DO OESTE28/6/2023 A Câmara Municipal das Caldas da Rainha reagiu ao anúncio do ministro da Saúde sobre a localização do Novo Hospital do Oeste.
Vítor Marques, presidente da autarquia caldense esteve presente na reunião da passada terça-feira do Conselho Intermunicipal da OesteCIM com o ministro Manuel Pizarro e, conforme comunicado, tinha preparado, "na sua dupla qualidade de Membro do Conselho e de representante do ACES Oeste Norte no Conselho da CIM" e com a ajuda das diversas entidades de Saúde, "um diagnóstico dos serviços de saúde da região Oeste", de forma a que durante a reunião pudesse fazer "um relatório de toda a informação recolhida" visando fornecer ao ministro "dados para apoiar as suas decisões". "Ao invés do esperado", acrescenta o comunicado, "não foi realizada uma reunião aprofundada sobre o estado da Saúde no Oeste", mas sim uma reunião em que o titular da pasta da Saúde "criou condições para transmitir a sua decisão quanto à localização" do novo Hospital do Oeste, apoiada "no Relatório do Grupo de Trabalho" nomeado pelo despacho do gabinete do ministro da Saúde, "documento apenas dado a conhecer aos presentes no início da reunião". O edil caldense, "não obstante a necessidade de uma análise aprofundada que o referido relatório devia merecer", manifestou "espanto e rejeição" pelo facto de a reunião "destinada à análise da Saúde no Oeste" se ter transformado na entrega do referido relatório e "na efetiva comunicação da decisão sobre a localização do novo Hospital do Oeste" no Bombarral. Vítor Marques relembrou que o ministro "se tinha comprometido, verbalmente e por escrito, a consultar, previamente, os Municípios de Caldas da Rainha e de Óbidos", que tinham apresentado fundamentos para uma decisão diferente, "antes de tomar qualquer decisão, facto que não se verificou". A decisão anunciada, de acordo com o comunicado, "não tem a concordância do Município de Caldas da Rainha, vai contra o sentido e espírito de unidade de todas as forças políticas e movimentos da sociedade civil e responsabiliza o próprio, indo contra os interesses do território", da "identidade territorial e dos interesses dos cidadãos". Vítor Marques vai mais longe e considera a decisão lesiva para o "território de Caldas da Rainha, com fortes impactos negativos de natureza económica e social". Manifestando "a sua profunda discordância da decisão" o autarca "reitera todas as posições que até à presente data foram defendidas pelo Município de Caldas da Rainha" e disse ter encetado "desde já um conjunto de diligências junto das várias forças políticas e órgãos autárquicos, no sentido de apreciar coletivamente os elementos disponíveis, numa análise mais aprofundada, nos planos técnico e político, da documentação e dos factos conhecidos". No comunicado é deixado um apelo "a todas as forças políticas, aos órgãos executivos e deliberativos do Município e outros órgãos autárquicos, aos movimentos da sociedade civil, formais e informais, e à população em geral" para que "não se resignem e continuem unidos na defesa dos interesses do concelho e em prol da Saúde na região Oeste". |
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