O PSD Peniche dirigiu uma carta ao Ministro da Administração Interna, na sequência do que considera ser uma "onda de violência no concelho", segundo palavras de Filipe Sales, vereador social democrata, numa publicação feita na rede social Facebook. Nessa mesma publicação refere que há "falta de iniciativa para contrariar" essa onda, facto que motivou a missiva, depois de ter sido "abordado o assunto na reunião da Câmara Municipal". É um manifesto de "indignação" e "preocupação" e uma exigência de "medidas concretas para reforçar o dispositivo policial em Peniche". O político quer evitar que Peniche se torne num "novo faroeste".
Na carta, Filipe Sales e Cristina Leitão, vereadores sem pelouros, lembram as "responsabilidades para com as pessoas que" lhes "confiaram o seu voto nas eleições de Outubro de 2017", e pretendem dar "eco àquele que é", segundo eles, "o sentimento de todas as pessoas de Peniche". Na carta é mencionado que "todos os dias há notícias de assaltos à mão armada, de espancamentos de pessoas indefesas, repetindo-se as queixas de ausência da polícia". Os sociais democratas lembram que a "polícia, por sua vez, não tem efectivos para poder responder". Segundo informação obtida pelos vereadores, "o efectivo policial chegou a ser de 70 elementos e hoje é inferior a 40", facto que consideram não ser aceitável. A carta segue com chamadas de atenção ao Estado, ao qual, afirmam, "compete, nas suas mais básicas funções, garantir a segurança da população". No texto é afirmado que "o Estado está a falhar em Peniche. Falhou ao casal de idosos espancado durante um assalto a meio da noite. Falhou aos comerciantes roubados em pleno dia. Falhou às pessoas assaltadas em plena rua". Para os autarcas, "os cidadãos [...] pagam os seus impostos e têm o direito de poder viver a sua vida sem uma insegurança que os atormente" lembrando que, para além disso,"Peniche depende do turismo para sobreviver" e "se o sentimento de insegurança crescer, a factura será muito cara para a economia local". É pedido ao responsável do Governo um "reforço de meios [...] do efectivo policial permanente mas também da presença mais assídua das equipas de intervenção rápida" para "devolver segurança às pessoas e acabar com o clima de impunidade". |
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Março 2024
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