O posto de combustíveis da BP em Peniche e do Intermarché na Lourinhã são alguns dos dos 310 postos que integram a rede de emergência criada pelo Governo para enfrentar a greve marcada para 12 de Agosto e que foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM). Na região Oeste integram esta rede de emergência publicada pela Entidade Nacional para o Sector Energético (ENSE) 16 postos distribuídos pelos concelhos de Alcobaça, Bombarral, Caldas da Rainha, Nazaré, Peniche, Alenquer, Lourinhã, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras.
Nas Caldas da Rainha as opções são a REPSOL de Águas Santas junto ao nó da A8, a GALP junto à Expoeste e o posto do ELECLERC. Tal como se verificou na última greve convocada pelo SNMMP, os concelhos de Óbidos, Cadaval e Arruda dos Vinhos voltam a não ser contemplados com um posto de combustíveis para responder às necessidades dos consumidores, se for declarada a situação de crise energética. Nestes postos de emergência cada viatura só poderá abastecer 15 litros de combustível, tal como aconteceu na última greve dos motoristas de matérias perigosas. Portos, aeroportos e veículos prioritários dos bombeiros e forças de segurança têm condições especiais no acesso aos combustíveis, estando garantido pelo Governo segurança reforçada para o cumprimento das regras por parte da GNR e PSP. Haverá ainda escolta policial aos camiões cisternas para que possa ser garantido o abastecimento dos postos que estão incluídos na rede publicada pela ENSE, de forma a garantir que não falte o fornecimento de combustíveis. Entretanto, o ministro Adjunto e da Economia disse que “todos” devem estar preparados para os “transtornos” da greve dos motoristas de mercadorias, sobretudo porque decorrerá num período de férias e de incêndios. Quanto ao impacto da greve, o governante considera “muito pouco compreensível”, uma vez que no centro das exigências dos dois sindicatos independentes que marcaram a paralisação estão reivindicações salariais apenas para daqui a dois ou três anos. Segundo adiantou o governante, no acordo celebrado há uns meses, “as empresas fizeram grandes cedências”, pelo que agora será difícil ou “praticamente impossível” que as empresas voltem a ir ao encontro do exigido pelos sindicatos. “Esta greve não visa obter ganhos negociais, os ganhos negociais possíveis já foram feitos”, afirmou o ministro, acrescentando que só em 2021 e 2022 poderá haver condições para avaliar as reivindicações dos sindicatos relativas a esses anos. Questionado sobre a possibilidade de o Governo avançar para uma requisição civil, Siza Vieira explicou que a mesma só é decretada se os trabalhadores em greve não respeitarem os serviços mínimos. Os trabalhadores que não o fizerem “incorrem em crime de abandono de funções”, afirmou. |
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Março 2024
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