A Direção da Organização Regional de Leiria do Partido Comunista Português emitiu um comunicado depois de analisar a situação social e política, marcada pela evolução do surto de COVID-19 e das suas "graves consequências no plano da saúde pública, social e da economia", onde abordou as linhas de resposta e intervenção do Partido neste quadro.
É afirmado que "a situação exige uma grande concentração no reforço das medidas de prevenção no plano da saúde pública e de combate à doença e proteção das populações", com especial incidência "para o reforço do Serviço Nacional de Saúde". Este momento particularmente difícil demonstra, segundo o PCP, que é no Estado e nos serviços públicos, especialmente no Serviço Nacional de Saúde, que os portugueses encontram as respostas para proteger as suas vidas e os seus direitos. A distrital comunista reafirma a necessidade da melhoria dos cuidados hospitalares no distrito, com "reforço de infraestruturas, alargamento de valências, abertura de camas, aquisição de equipamentos e contratação de profissionais de saúde nos Hospitais do Centro Hospitalar de Leiria e do Centro Hospitalar do Oeste" e reitera igualmente a urgente necessidade da construção de um novo Hospital no Sul do Distrito, sem encerramento de nenhuma das outras unidades hospitalares. No comunicado destaca-se também a necessidade de "dar resposta a problemas nos cuidados primários de saúde", "apoiar os grupos de risco, os profissionais que estão na linha da frente do combate à epidemia e os grupos sociais mais desprotegidos" disponibilizando "meios e medidas de apoio", nomeadamente "nas zonas com maior prevalência de população idosa e sem recursos financeiros". O PCP chama a atenção ainda "para a necessidade de serem garantidas medidas de apoio" a profissionais de saúde, agentes da segurança pública, da proteção civil e voluntários, nomeadamente "no apoio à família e outro tipo de apoios que se revelem necessários". Na questão dos salários, postos de trabalho e direitos dos trabalhadores, o PCP alerta para "linhas de ataque a rendimentos e direitos dos trabalhadores em variados setores" e o "aproveitamento da situação pelo patronato para cortes nos salários, despedimentos, desde logo de trabalhadores com vínculos precários, recurso indiscriminado e arbitrário ao lay-off, utilização forçada do banco de horas, imposição da alteração de horários e funções, ou imposição de férias". É pedido ainda, entre outras medidas, fiscalização na questão das condições de protecção sanitária dos trabalhadores que continuam a laborar, atenção para as consequências da precariedade em setores como o comércio, serviços e indústria, passando pelos trabalhadores da cultura cujas atividades foram no essencial canceladas. |
NotíciasPeniche e Região Oeste em destaque Arquivos
Março 2024
|