A ministra do Mar Ana Paula Vitorino considerou na passada terça-feira que a diminuição do “stock” da sardinha é um problema que dura, de uma forma muito visível há quase 20 anos e que, com o passar do tempo, tem-se agravado e tornou-se inevitável começar a tomar decisões políticas sobre a matéria, afirmações feitas durante a audição na Comissão parlamentar de Agricultura e Mar.
Para a ministra do Mar, a base da questão “não tem a ver com a sobrepesca, mas sim com as alterações climáticas”. A governante afirmou que o ponto de partida para este ano foi pesca zero, mas que os resultados apresentados pelo Conselho Internacional para a Exploração do Mar, não sendo bons, não foram piores do que o ano passado, daí, segundo a ministra, “não haver fundamentação, no entender dos Governos de Portugal e Espanha para que se registasse a anulação da pesca”. Apesar de admitir que as medidas que têm vindo a ser tomadas podem demorar algum tempo a surtir efeito, Ana Paula Vitorino nota que o cruzamento da capacidade de desenvolvimento da sardinha em cativeiro com as zonas de não pesca podem levar a um repovoamento da espécie, a nível dos juvenis, e a uma produção “em maior escala e com maior proteção”. A decisão conjunta entre Portugal e Espanha aponta para que o mínimo de aumento da biomassa tenha que ser um crescimento de 5%. A Comissão Europeia contrapôs com 10%. No entendimento dos países ibéricos, não é só uma questão de biomassa, mas de atuar sobre a mortalidade e os juvenis, podendo atingir-se os 10% não diminuindo o número de capturas, mas jogando com as medidas que definem onde, quando e como se pode capturar”. |
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Março 2024
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