O setor hortícola, que continua a produzir para responder ao aumento de procura nos mercados, começa a sentir problemas de logística por causa da pandemia do novo coronavírus. Segundo a Associação Interprofissional de Horticultura do Oeste (AIHO), nas palavras do seu presidente, António Gomes, numa região onde se concentra grande parte da produção, há falta de motoristas, por estarem de quarentena ou por se encontrarem a tomar conta dos filhos em casa, na sequência do encerramento das escolas, e ainda por receio de viajarem para países como Espanha ou Itália. As dificuldades de logística prendem-se também com o encerramento de estabelecimentos de restauração e casas de banho nas estações de serviço, durante as deslocações internacionais. Apesar de tudo é afirmado que o setor ainda não está a reter produtos e continua a produzir. Na semana passada, com a corrida aos supermercados, houve um aumento da procura aos produtos alimentares e o setor, segundo o responsável, "está a responder". Sem efeitos da pandemia no volume de negócios das empresas, o setor sente, contudo, quebras, sobretudo para mercados mais distantes. Estima-se que mais de metade da produção nacional de hortícolas seja feita nos concelhos da região Oeste. O setor fatura cerca de 500 milhões de euros e emprega entre sete a oito mil trabalhadores quer nas explorações agrícolas, quer nas centrais de processamento e transformação dos produtos, segundo estimativa da Associação Interprofissional de Horticultura do Oeste.
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Março 2024
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