Durante o Verão podem ser vistas em Lisboa três exposições que se relacionam com as Caldas da Rainha. Duas encontram-se na Gulbenkian e guardam ligações à Fábrica Bordallo Pinheiro e aos Encontros Internacionais de Arte, que tiveram lugar nas Caldas em 1977. A terceira está patente no Museu Bordalo Pinheiro e é dedicada às obras deste autor feitas na sua fábrica caldense nos finais do séc. XIX.
No Centro Comercial Colombo também estarão expostos os 50 melhores cartoons no chamado Top 50 2018 do World Press Cartoon (WPC) Caldas da Rainha. Esta última abre na próxima terça-feira e ficará até ao final do mês. O artista indiano Praneet Soi, responsável por uma das exposições, esteve a trabalhar na Fábrica Bordallo Pinheiro onde foi reproduzido o padrão de um azulejo antigo que ele próprio trouxe de Caxemira e que data do século XV. Durante a residência artística que realizou nas Caldas e em Lisboa, Praneet Soi documentou em vídeo o processo de fabrico e a dinâmica da fábrica caldense. As imagens recolhidas nas Caldas passaram a fazer parte da exposição agora patente na Gulbenkian. A segunda mostra, também patente na Gulbenkian designa-se “Pós-Pop. Fora do lugar comum – Desvios da «Pop» em Portugal e Inglaterra, 1965-1975”, guarda obras e memórias ligadas aos IV Encontros Internacionais de Arte, que decorreram nas Caldas em 1977. Está por exemplo patente uma placa, que foi colocada numa casa da Praça da Fruta, onde se informava que no primeiro andar tinha nascido D. Sebastião. A data de nascimento do monarca está correcta, dado que o mesmo nasceu em 1554, mas foi em Lisboa e não nas Caldas. Os artistas que colocaram a placa pertenciam ao colectivo ACRE (fundado por Lima Carvalho, Queiroz Ribeiro e Clara Méneres). As suas intervenções eram sempre efémeras e nas Caldas, a colocação da lápide suscitou reacções negativas entre os populares que sabiam bem que o rei não tinha nascido na cidade termal. Além das várias obras feitas pelo colectivo, a exposição acolhe obras produzidas entre 1965 e 1975, em Portugal e Inglaterra e pode ser apreciada até setembro. A exposição “Formas do Desejo – A Cerâmica de Rafael na Coleção do Museu Bordalo Pinheiro” poderá ser apreciada neste museu, no Campo Grande, até novembro. Dela fazem parte uma selecção de 150 obras em faiança que pertencem ao acervo deste museu. Estão presentes peças de vários tamanhos desde as obras monumentais até serviços de chá, sem esquecer algumas peças utilitárias e painéis azulejares. Inclui também um conjunto de desenhos, especialmente escolhidos da obra gráfica de Bordalo, que há muito estavam encerrados nas reservas do museu. Existem também visitas guiadas e tertúlias que fazem parte da programação desta mostra e na qual já participaram Isabel Castanheira e João Serra. |
NotíciasPeniche e Região Oeste em destaque Arquivos
Março 2024
|