Em declarações à agência Lusa, João Carreira, presidente da Federação Portuguesa dos Concessionários de Praia, disse que os empresários estão "completamente preparados" para cumprir as regras de saúde, defendendo que os estabelecimentos "têm de começar a abrir".
Assegurar as regras que forem impostas, será uma continuação do que os concessionários já estariam a fazer antes do estado de emergência, com os distanciamentos que foram impostos na altura, referindo que já muitos empresários e funcionários "trabalhavam com máscara". Apesar de as medidas anunciadas ainda não serem "concretas", o responsável defendeu que "os estabelecimentos e as praias têm de começar a abrir porque é uma mais-valia para todos". Segundo o representante desta federação, as "pessoas têm de dar o seu mergulho", se não, afirma, "não morrem da doença, mas morrem da cura". Alerta ainda que até para o próprio Governo é necessário que as empresas não continuem fechadas por muito tempo, senão "é a bancarrota". Quanto às propostas e procedimentos em elaboração, no sentido de definir uma lotação máxima de banhistas e “distanciamento social” durante a época balnear, devido à pandemia da covid-19, que implicam procedimentos de higiene dos espaços e a utilização de máscaras, João Carreira diz que os concessionários "aguardam regras mais concretas", mas "estão cá para cumprir e ajudar a melhorar toda esta situação". Com o anúncio da Federação Portuguesa de Nadadores-Salvadores, que advertiu para a falta de 1.500 a 2.000 vigilantes para a próxima época balnear, devido à suspensão dos cursos, com a declaração do estado de emergência, João Carreira admitiu que no início do verão "poderá haver alguma dificuldade em contratar nadadores-salvadores", no entanto, mantém a esperança de que seja criada uma "exceção". Perante uma previsível menor carga de banhistas, a convicção é de que não serão precisos tantos nadadores-salvadores em cada concessão, esperando, nesse sentido, uma situação de exceção à regra por parte da Autoridade Marítima Nacional. Para fazer face a este problema, a federação dos nadadores-salvadores enviou uma carta ao Governo e grupos parlamentares em que solicitou incentivos fiscais e sociais para os vigilantes, como isenção de IVA ou redução das propinas escolares, considerando que deveria haver um regime especial de contratação sazonal durante a época balnear, que "implique menos custos às entidades empregadoras", e uma alteração dos dispositivos de segurança, com "ligeiras reduções no número de nadadores-salvadores", porque "mais vale alguma segurança do que nenhuma". Em Peniche, são 15 os concessionários existentes: um no Baleal-Norte, dois no Baleal-Sul, dois no Baleal-Campismo, um na Cova de Alfarroba, um em Peniche de Cima, um na Gamboa, um no Porto da Areia Sul, dois no Molhe Leste, um no Medão Supertubos, dois na Consolação e um na praia de São Bernardino. |
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Março 2024
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