Um estudo publicado esta quarta-feira na revista PLoS One mostra que remover mamíferos invasores como ratos, gatos, cabras e porcos seria benéfico para 9,4% das espécies ameaçadas que residem em ilhas.
Realizado por uma equipa internacional incluindo técnicos de conservação da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA), o estudo identificou um total de 169 ilhas onde seria crucial implementar projetos de remoção de espécies invasoras na próxima década. Entre as ilhas listadas está a Berlenga, onde a remoção do rato-preto terá benefícios diretos para a lagartixa-das-berlengas, que apenas pode ser encontrada neste arquipélago. A Berlenga é, aliás, um exemplo do sucesso da remoção de espécies invasoras: após quatro anos de trabalho a ilha está agora livre de predadores não nativos. Como resultado, no início deste ano foi registado na ilha o primeiro nascimento de roque-de-castro, uma ave marinha ameaçada. Outro caso nacional é na da ilha do Corvo, nos Açores,onde o estudo mostra que a remoção de rato-preto e de gatos iria beneficiar o morcego-da-madeira. Para Nuno Oliveira, técnico da SPEA que colaborou no estudo, “ilhas como a Berlenga e o Corvo são importantes não só para as espécies" identificadas como prioritárias neste estudo, mas "também para muitas aves marinhas, que também sofrem imenso com a predação por mamíferos invasores”. |
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Março 2024
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