A polémica instalou-se na passada terça-feira, após o jogo entre o Futebol Clube do Porto e o Sport Lisboa e Benfica, a contar para a Taça da Liga. O clube encarnado mostrou-se insatisfeito com o que considerou ser um erro grave de Fábio Veríssimo, árbitro de Peniche que, nesse jogo, desempenhava funções de vídeoárbitro, num lance de suposto fora-de-jogo.
A Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF) já repudiou as duras críticas de Luís Filipe Vieira ao árbitro. Em comunicado, a APAF deixou duras críticas às declarações do presidente do Benfica, dizendo que não é possível "de forma alguma, aceitar a forma como o Fábio foi quase "crucificado" por parte de pessoas com responsabilidade no futebol nacional e que não imaginam a pressão de ter de decidir em frações de segundo, mesmo na função de VAR". A APAF vai mais longe e diz que não deixará "que a arbitragem seja o bode expiatório para justificar o insucesso de outros, e ceda a comentários ou pressões de dirigentes". Considerando que, nos jogos, "jogadores e treinadores também erram", o comunicado diz ainda que "é mais fácil apontar o erro ao árbitro, que em frações de segundos, tem de decidir". Diz a APAF que, hoje em dia, mesmo com a ajuda do VAR, projeto que tem sido constantemente questionado e criticado, "antes do recurso à tecnologia, já esta tipologia de discurso existia". A APAF reconhece o erro de Fábio Veríssimo, que desempenhou a função de videoárbitro na partida entre o FC Porto e Benfica, num jogo marcado por vários casos polémicos dizendo que "não pretende defender o indefensável, mas não pode deixar de estar ao lado dos seus", pois "um erro para um árbitro tem um custo bastante diferente do que aquele que pode ter para qualquer outro ser humano". Na sucessão das duas críticas em relação à sua atuação, Fábio Veríssimo pediu uma licença de dispensa temporária, algo que a APAF não compreende, mas não "interfere". "No que diz respeito à decisão tomada pelo próprio, em conjunto com o Conselho de Arbitragem, de solicitação de dispensa temporária, a APAF, apesar de poder não compreender e não concordar, não pretende interferir na gestão efetuada ao caso" pelo próprio árbitro. |
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Março 2024
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