O início de 2018 traz atualizações de preços em vários bens habituais nas casas dos portugueses.
No que toca aos medicamentos, são sete mil os que vão ficar mais baratos em 2018, dos quais 5 mil são medicamentos que estão à venda em farmácias. Os restantes são fármacos hospitalares. A maior parte dos produtos que descem de preço — fruto da revisão anual — são medicamentos de marca. No caso dos genéricos, como a maioria já tem preços baixos, apenas 330 vão ter o preço revisto. Espera-se no próximo ano a comercialização de novos genéricos para o tratamento de várias doenças, como colesterol ou hipertensão. Refira-se que no caso do pão, cuja evolução é muitas vezes associada ao arranque do ano — um legado das décadas em que o seu valor era tabelado oficialmente —, na realidade só sofrerá as alterações que os comerciantes entendam fazer de forma discricionária. Algumas associações do setor têm alertado para a pressão insustentável que o aumento das matérias-primas está a fazer no negócio panificador, mas o mercado é neste momento livre de definir os aumentos ou descidas que entenda assumir para fazer face aos custos de contexto da produção. Nas despesas escolares a previsão é de uma redução em média de 155 euros. Esta é a poupança que resultará para as famílias da extensão da gratuitidade dos manuais escolares ao 2.º ciclo de escolaridade já a partir do próximo ano letivo, 2018/2019. A medida, proposta pelo BE e pelo PCP, foi aprovada em novembro durante o debate na especialidade do Orçamento de Estado para 2018, e deverá abranger cerca de 200 mil alunos. Os manuais já são gratuitos para os alunos do 1.º ciclo que frequentam escolas públicas. No tabaco são os produtores e os importadores que definem o preço, mas o que se passa no campo da fiscalidade pode influenciar o comportamento das empresas do setor, consoante repercutam uma subida ou descida no preço final ou queiram absorvê-la nas margens. Certo é que o Orçamento do Estado de 2018 traz uma subida de 1,4% na tributação específica dos cigarros, charutos e cigarrilhas, mas uma descida de 16% para 15% da taxa do chamado elemento ad valorem dos cigarros, tabacos de fumar, rapé, tabaco aquecido e tabaco de mascar. A tendência no setor deverá ser a de uma estabilização dos preços pelo menos na primeira metade do ano. A decisão dependerá, no entanto, de cada empresa e a dinâmica do primeiro semestre poderá ditar, ou não, alterações para a segunda parte de 2018. As bebidas alcoólicas vão ter um aumento generalizado no imposto especial de consumo entre 1,4% e 1,5%, o que significam subidas iguais ou ligeiramente acima da inflação prevista para 2018. A atualização abrange a cerveja, às bebidas espirituosas (como as aguardentes, o gin, o whisky ou o vodka), espumantes, sidras e ainda os produtos intermédios (como o moscatel e o Vinho do Porto). A decisão de repercutir esse efeito junto dos consumidores fica nas mãos dos comerciantes. Também os refrigerantes e outras bebidas adicionadas de açúcar vão sofrer um agravamento do imposto. A taxa terá uma atualização de 1,5%. A partir de 2018 será distinta a forma como vão ser tributadas estas bebidas, consoante se use pó ou xarope para a sua preparação. |
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Março 2024
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