A Galp confirmou à agência Lusa que não tem qualquer contrato ativo para prospeção de petróleo na área da bacia de Peniche. A empresa nacional detinha 30% do contrato de concessão, celebrado a 18 de maio de 2007, por negociação direta, que integrava ainda a Repsol, com 34%, a Kosmos, com 31% e a Partex, com os restantes 5%.
Este contrato abrangia quatro blocos, designados por Camarão, Ameijoa, Mexilhão e Ostra, mas no primeiro semestre deste ano o consórcio desistiu de avançar em três concessões que detinha na bacia de Peniche, o que levou a empresa liderada por Carlos Gomes da Silva a registar uma imparidade de 22 milhões de euros. O contrato de três blocos da bacia de Peniche cessou, por pedido do consórcio, com base na análise aos dados geológicos recolhidos, que demonstraram que “não têm magnitude nem dimensão que justifiquem o desenvolvimento de um projeto”. Ainda assim, o consórcio manteve um bloco, designado Camarão, que entretanto deixou também de ter um contrato ativo com a Entidade Nacional para o Mercado de Combustíveis, mas nem a Galp nem este organismo explicam a razão para a suspensão do contrato. Como a 102 FM Rádio já tinha noticiado a semana passada, o movimento Peniche Livre de Petróleo veio congratular-se pelo cancelamento dos contratos de pesquisa de petróleo na bacia de Peniche, depois da ENMC ter atualizado o mapa de licenças/concessões de prospeção e produção de petróleo em Portugal, mantendo apenas o contrato para a pesquisa em terra na bacia Lusitânica, nas áreas Batalha e Pombal, à Australis, e a pesquisa ‘offshore’ (no mar) na bacia do Alentejo, com o consórcio liderado pela petrolífera italiana Eni, que integra também a Galp. Este facto leva a que o movimento Peniche Livre de Petróleo afirme que o documento não perde relevância. A petição encontra-se em apreciação, aguardando subida a plenário esperando o movimento que a sua apreciação leve ao cancelamento efetivo dos restantes contratos. |
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Março 2024
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